terça-feira, 9 de agosto de 2011

E eu já estava atrasada.

 São 07h00 da manhã. O despertador toca, levanto num pulo. Abro as janelas, deixo o sol bater em meu rosto, e uma brisa suave balançar meus cabelos. Sinto algo diferente dentro de mim. Diferente de dias comuns, sim, hoje eu estou literalmente bem. Nada me assola ou atormenta, e a minha vontade é dar bom dia até ao passarinho que pousa no parapeito da janela do meu quarto. Não tenho vontade de sair dali, e de nunca abandonar um sentimento tão sereno. Vou ao banheiro, escovo os dentes, tiro a roupa, e entro no chuveiro. Lavar a cabeça, a alma. Os minutos passam, e de olhos fechados, embaixo da água morna, eu não me movo. Percebo que já estou atrasada. Enxugo-me, e pela primeira vez em um certo tempo, me preocupo em que roupa vestir. Escolho um vestido florido, enterrado no fundo do meu guarda-roupa. Enquanto me visto, me pergunto para onde foi toda aquela tristeza, mágoa e melancolia que me torturar até pouco tempo atrás. Mas agora, não me importa mais. Saio do quarto, em direção a cozinha. Não há mais tempo para comer. Pego uma maçã, e vou. O dia está lindo. O sol está forte, mas não muito quente. Há poucas nuvens no céu, e crianças brincam em parques com as mães. Paro, e observo tal cena. Adoraria ser mãe, mas não agora. Sigo meu trajeto. O dia estava perfeito, até que... um barulho me incomoda, e eu acordo daquele sonho.

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